Em casa dos meus avós paternos havia um relógio de cuco de madeira preta, que chamava a minha atenção.
De quando em quando, o pássaro saltava do seu nicho e produzia um som que acompanhava o movimento dos ponteiros do relógio.
Desde muito pequena que o relógio me atraia sem conseguir descobrir aquele mistério. Até que um dia, devia ter os meus quatros anos, pedi ao avô que me explicasse o que o cuco fazia e para que servia. E o avô ensinou-me a ver as horas.
Fiquei deslumbrada por ter adquirido um conhecimento que já não pertencia só aos adultos. E a partir de então, pensei que era bom aprender.
Editora Húmus