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O novo disco de Rui Reininho, 20.000 Éguas Submarinas, foi produzido por Paulo Borges, um trabalho que demorou dois anos até ser editado.
Para além de Rui Reininho (vozes, gongos, taças e percussões) e Paulo Borges (piano, sintetizadores, programações e guitarras), “20.000 Éguas Submarinas” conta com a participação de Alexandre Soares (Três Tristes Tigres, Osso Vaidoso), Pedro Jóia, Tiago Maia, Eduardo Lála, Ruca Rebordão, Moisés Fernandes, Daniel Salomé e Jacomina Kistemaker, grande referência para o disco.

Notívago, boémio, brigão. Receoso de que a imagem pública lhe ensombrasse os méritos literários. Crítico do marialvismo. Acusado de ser marialva. Bem relacionado. Obcecado com a própria independência. O maior escritor da segunda metade do século XX. Um escritor datado e sem a mesma projeção internacional de um Lobo Antunes ou de um Saramago. Um espírito insubmisso. Um casamento duradouro. A convicção e a crença no próprio trabalho. Momentos de dúvida e angústia. Neste livro, vive um homem cuja personaldade foi formada no antagonismo. E um espírito que, apesar de amarrado a diversos ódios (ao campo, ao regime, à pequena burguesia da qual era originário, à literatura sentimental e demagógica, à polícia, à Igreja), nunca desistiu de Portugal e de ser escritor.
Da influência inicial da literatura anglo-saxónica, passando pela necessidade de encontrar uma "sintaxe citadina", ou pela importância de incorporar a experiência na criação literária sem cair no sentimentalismo ou no confessionalismo, até ao salazarismo enquanto quadro de mentalidades contra o qual toda a obra de Cardoso Pires se desenvolve, esta biografia dá a conhecer o processo de construção de um escritor.
Pela mão do destacado escritor Bruno Vieira Amaral, o leitor conhece a exigência obsessiva e quase doentia, a lentidão no processo de escrita e publicação e como isso entrava em contradição com a aspiração ao profissionalismo e com a insistência na dignificação do ofício de escritor que toda a vida José Cardoso Pires, o integrado marginal, defendeu.

Bruno Vieira Amaral nasceu em 1978. Colabora com a revista Ler, o Expresso e a Rádio Observador. O seu primeiro romance, As Primeiras Coisas (Quetzal, 2013), foi distinguido com o Prémio PEN Clube Narrativa, Prémio Literário Fernando Namora, Prémio Time Out e Prémio Literário José Saramago, em 2015. Em 2016, foi nomeado uma das Dez Novas Vozes da Europa (Ten New Voices from Europe), escolha da plataforma Literature Across Frontiers. O seu segundo romance, Hoje Estarás Comigo no Paraíso (Quetzal, 2017), recebeu o prémio Tabula Rasa 2016-2017 na categoria de Ficção, e o segundo lugar do Prémio Oceanos 2018. Em 2018, foram reunidos os seus melhores textos dispersos no volume Manobras de Guerrilha. Os direitos dos seus livros foram vendidos para vários países.

Provavelmente o disco mais político dos Garbage, olha de frente para os tempos atuais, onde loucos são eleitos para governar países, o assassinato de cidadãos negros, desarmadas, às mãos de uma policia xenófoba, o assédio sexual uma denuncia do patriacado, as manifestações nazis nas ruas das nossas cidades.

All The Colors Of You, o último trabalho de James, é um discocheio de hinos emocionantes que podemos imaginar a serem entoados nos festivais de música ao vivo.
Este é o 16º álbum da banda, parcialmente escrito e gravado antes da pandemia, mas os eventos dos últimos 15 meses permeiam quase todas as faixas. Há canções sobre caos ambiental ou viver na América de Donald Trump (onde o vocalista Tim Booth viveu durante muitos anos).
Mesmo na sua forma mais introspectiva, All The Colors Of You é um retorno muitas vezes revigorante de uma banda que, apesar de seu status de veterano, ainda tem o sentido do coletivo e não perdeu o pulso.

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