SINOPSE
Uma autora de contos infantis vê-se acusada de ter escrito uma sátira política encapotada. Confrontada com as repercussões da escrita desses conteúdos, deve agora escolher entre defender a sua liberdade, criativa e ideológica, ou abdicar da sua individualidade artística em nome de uma suposta segurança.
Este é o tempo em que os limites entre a verdade e a mentira não dependem dos factos, mas da forma como os mesmos são assimilados, caracterizados e difundidos.
Actualmente, a mentira chama-se utilitarismo, ordem social, senso prático; disfarçou-se nestes nomes, julgando assim passar incógnita. A máscara deu-lhe prestígio, tornando-a misteriosa, e portanto, respeitada. De forma que a mentira, como ordem social, pode praticar impunemente, todos os assassinatos; como utilitarismo, todos os roubos; como senso prático, todas as tolices e loucuras.
A mentira reina sobre o mundo!
Teixeira de Pascoaes, in "A Saudade e o Saudosismo"
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA
texto RUI XEREZ DE SOUSA encenação e desenho de luz MIGUEL SEABRA interpretação ALFREDO BRITO, EMANUEL ARADA, LÍGIA ROQUE, MIGUEL NUNES espaço cénico e figurinos STÉPHANE ALBERTO música original e espaço sonoro RUI REBELO assistência de encenação ANA RITA NABAIS assistência de cenografia e direção de cena MARCO FONSECA assistência de produção e comunicação SUSANA MONTEIRO e RITA MENDES produção executiva RITA CONDUTO produção TEATRO MERIDIONAL direção artística do Teatro Meridional MIGUEL SEABRA e NATÁLIA LUIZA
ESTREIA
5 MAI de 2021, Teatro Meridional, Lisboa