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Roda Livre Roda Livre / 00:00 - 16:00
Vivemos tempos marcados pelo empobrecimento das ideias e das coisas. Empobrecimento do pensamento, cada vez mais confinado nos limites da intolerância, da exclusão, contrariando a esperança que o 25 de Abril de 1974 nos fez acreditar.
Tempos em que o valor do trabalho e da solidariedade deram lugar à racionalidade da mão invisível do neoliberalismo que sustenta a acumulação da riqueza, o empobrecimento planetário das famílias e a destruição do planeta.
Tempos em que o pensamento crítico sobre o mundo em que vivemos é confrontado com a ideologia dominante, dos medos, das múltiplas formas de alienação e das ameaças.
Tempos em que o estado de guerra permanente, camuflado, subtil ou flagrante é imposto no Brasil, na Síria, em Cuba, nas Filipinas e por todo o planeta. Guerras externas e guerras internas contra um crescente número dos mais desprotegidos, mais vulneráveis, mais excluídos, mais racializados…
Tempos em que a Dignidade Humana está cada vez mais alheia do debate público, submersa por discursos de ódio, que os meios de comunicação públicos e privados alimentam 24 horas por dia, nas casas, nas escolas, nas universidades, nas ruas e praças de aldeias, vilas e cidades.
É neste contexto que a realização de III Fórum Liberdade e Pensamento Crítico encontra a sua razão de ser, sobretudo em tempos de pandemia, onde é necessário manter bem alta a Voz da Liberdade.
O III Fórum Liberdade e Pensamento Crítico, tem por referência o centenário do nascimento do educador Paulo Feire, que tem inspirado gerações de mulheres e homens que lutam pela justiça cognitiva, pela equidade e pela liberdade do pensamento que ajuda a compreender e a mudar o mundo em que vivemos.
O III Fórum Liberdade e Pensamento Crítico, assume-se como um ato de resistência contra obscurantismo pela liberdade e pelo Pensamento Crítico em favor dos Direitos Humanos.
“Ninguém educa ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, mediatizados pelo mundo.”
“A educação faz sentido porque mulheres e homens aprendem que, aprendendo, podem se fazer e se refazer, porque mulheres e homens são capazes de assumir a responsabilidade por si mesmos.
“A educação não muda o mundo. A educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”
“Nosso papel não é falar ao povo sobre nossa visão de mundo, ou tentar impô-la a ele, mas dialogar com ele sobre a sua e a nossa.”
14h30 - Visita guiada à Exposição: " Paulo Freire: Cidadania e Diversidade", por Judite Primo.
15h-17h - Conferência/Debate: Paulo Freire - Educação como prática de liberdade".
17h15 - 18h30 - MOMENTO CULTURAL.
Coro Juvenil da Universidade de Lisboa;
Mabel Cavalcanti e Marcelo Morais;
Eddi Motta.
Entrada Livre

As coisas que carregamos são as que realmente precisamos? São elas que nos permitem sobreviver? Ou serão aquelas que nos permitem perpetuar um modelo de vida já conhecido sem questioná-lo? Repetimos gestos inconsequentes sem nos apercebermos da sua arbitrariedade ou repetimo-los porque sem eles permitiríamos que o vazio se infiltrasse? A performance desdobra-se num contínuo de acções que evocam viagens, nomadismo, a criação de condições de sobrevivência e a manutenção de um modelo de vida já familiar.

The Things We Carry reúne duas comunidades de dança contemporânea que definem, a sul, os extremos ocidental e oriental da Europa continental. Com uma equipa artística enraizada em duas cidades portuárias, Lisboa e Istambul combinam realidades socioculturais altamente contrastantes, com uma marcada intersecção de tradições e nacionalidades diversas que naturalmente são reflectidas no trabalho artístico. 

The Things We Carry foi criado e estreou em Istambul, após um período de residência de Francisco Camacho com os artistas da Çiplak Ayaklar Kumpanyası. O espectáculo agora é apresentado pela primeira vez em Portugal.

ESPASMOS REMANESCENTES integra composições fotográficas e sonoras de Adriana João e Gabriel Siams, que através destes dispositivos desenvolvem e evidenciam um imaginário possível para que transformações ocorram.Entre enguias e vulcões, existe a tentativa de cristalizar momentos transitórios, onde a dúvida do que está por vir ou se há algo por vir é latente.
Uma ansiosa suspensão que flui através de uma osmose composta por partículas naturais e digitais. Ciclos alomórficos, entrelaçados por desfasamentos de tempos. Uma visceralidade que reflete uma inter-relação entre tudo o que existe, efeito cascata. Eletricidade, água, fogo e ecrãs. Dissimulados resquícios do que outrora atingiu o seu ápice energético, pairando sobre formas eternas.

O FILO-LISBOA regressa ao Teatro São Luiz e, este ano, traz uma programação em torno do tema Filosofia e Criatividade. Com curadoria do Teatro Praga e do filósofo André Barata, a iniciativa do Goethe-Institut Portugal, Institut Français du Portugal e São Luiz Teatro Municipal terá espetáculos, conversas, encontros e conferências.
A filosofia antecipou o que a arte conquistou na contemporaneidade: a ubiquidade. Se arte hoje pode ser tudo ou estar em tudo, a filosofia sempre esteve em todo o lado. Fará pois sentido considerar a filosofia a primeira criação de arte contemporânea da história da humanidade porque talvez faça também falta chamar a mais coisas “filosofia”.
Nesta edição de Filo-Lisboa, resultado de uma associação entre três estruturas de três países diferentes (Alemanha, França e Portugal), a filosofia irá tomar conta dos vários espaços do Teatro Municipal São Luiz, espalhando-se por palcos, plateias, ecrãs e foyers. Numa relação que se pretende quotidiana e descomprometida, busca-se a acessibilidade sem facilitismo e sem abdicar da diversão.
Com curadoria de Teatro Praga e do filósofo e professor André Barata, poderá assistir, durante um dia inteiro, a conferências para crianças, leituras de livros, conversas com artistas, debates de filosofia ou ver espetáculos em torno da relação entre filosofia e criatividade. Junta-se assim filosofia e arte como se nunca tivessem ocupado campos distintos, com contribuições em língua alemã, francesa e portuguesa.

Para viver um dia cheio de perguntas.

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