O concerto de despedida do grupo português Buraka Som Sistema, no verão de 2016 em Lisboa, vai ser editado em álbum a 02 de julho, anunciou hoje a promotora da banda.

Dez anos e centenas de concertos por esse mundo fora depois, os Buraka deram por encerrada a sua actividade num concerto gratuito na Torre de Belém, a 1 de Julho de 2016.

As pessoas encontram-se pelos mais diversos motivos. Umas vezes por casualidade, outras por necessidade ou por interesses comuns. No entanto, a decisão de ficar ou querer continuar ligado, acontece quando há elos fortes e matéria do coração para partilhar, que teima em querer verter para o mundo.
A história do projecto MONKS NA MEIA PRAIA não é diferente. Gonçalo Sousa (harmónica) e Carlos Garcia (piano) conheceram-se em palco, a sinergia e o desejo de continuidade foi imediato e comum.
Apesar dos sons distintos dos seus instrumentos enquanto compositores e intérpretes, os dois músicos exploram as suas influências, os gostos comuns, e pisam o palco juntos em diferentes abordagens.

"A música é algo mais do que a partitura - é uma criatura viva e, portanto, precisa passar por constantes mudanças." [Notas do livreto] Uma lição inestimável que o pianista Javier Laso afirma ter aprendido enquanto praticava e tocava durante sua infância. “Uma filosofia pela qual sempre fui um proponente. Você não percebe uma Sonata de Schubert, ou qualquer peça musical nesse sentido, da mesma mentalidade quando você tem vinte, quarenta ou sessenta anos de idade. As intenções de um compositor são limitadas por regras e leis musicais teóricas quando chega a hora de rescrever o pensamento musical no papel. O impulso, ou ímpeto emotivo por trás da criação de uma obra, está faltando na página e cabe ao músico encontrar a chave que irá decifrar sua inspiração”.

O que é admirável sobre a interpretação de Javier Laso é que, apesar de seguir e aplicar as marcações e anotações dinâmicas e expressivas religiosamente, a sua abordagem geral soa livre de restrições e fresca, como se improvisada no momento. 

Ao fim de um ano encerrado entre quatro paredes, o desejo é voltar à estrada em liberdade. Isto é certamente verdade para o virtuoso baixista de jazz e produtor Brian Bromberg, cujo terceiro disco lançado na era pandémica ignora o clima de claustrofobia da era COVID e dos conflitos políticos. A Little Driving Music, transforma-se assim, num hino divertido onde o funky está presente, com uma vontade deixar os problemas para trás.